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Textos

Vento negro

A sombrinha multicolorida foi arrancada de sua mão pelo forte vento, voando sem rumo, batendo em tudo o que estava pela frente, caindo despedaçada. Olhando para trás, identificou a negritude subitamente formada e a fúria do tempo. Como se distraira tanto? Aconchegou a filha ao peito, tentando que ela não percebesse a extensão da tormenta. Voavam papéis, lixo e a própria natureza. Sem encontrar abrigo, seguiam sem rumo. Logo, águas represadas vieram molhar seus pés, galhos cortantes a lhes açoitar, tirando o pouco de segurança que poderia ter permanecido. Informou a filha da gravidade da situação, sem tempo ou condições de a orientar. Procurou um porto seguro para a filha. Procurou abrigo para si e angustiadas, cada uma a seu modo muito lutou, não parecendo que a serenidade retornaria.

Jane Ulbrich
04/04/2016

 

 


 


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